Eu sinceramente não sei o que está acontecendo no Brasil nos últimos dias, principalmente depois dos eventos no BBB entre o casal Emilly e Marcos, parece que os nervos se afloraram, tanto dentro como fora do reality show. Enquanto as coisas aconteciam, uma grande onda em defesa e contra Emilly ocorria também. Mas isso vai além de gostar e defender um ou outro, isso implica uma questão que lutas por direitos e quebras de outros. O que vim conversar com vocês hoje é sobre o feminismo e, além disso, os problemas que envolvem uma pessoa ser machista ou até fazer alguns comentários nesse sentido. Então pega a pipoca, se acomoda aí e vamos ao texto!
Antes
de tudo, esse texto é extremamente pessoal, essa é minha opinião e isso não
significa que você deve aceita-las, nem tampouco toma-las para si ou como
indiretas, não estou direcionando a ninguém. Mas o que você deve é respeitá-la.
Em
primeiro lugar, devemos compreender os dois conceitos em questão: o primeiro
deles, o de machismo. Bom,
basicamente, o ideal do machismo é dividir o mundo em duas esferas: “o que é
masculino” e “o que é feminino”, isso vai desde as emoções, comportamentos e
trejeitos até as manifestações, profissões, modos de se vestir, etc. Ou seja,
para a sociedade machista, o homem deve se comportar como o “machão”, caso
contrário, pode até mesmo ser alvo de preconceito – e, na realidade, é
exatamente o que vai acontecer – assim como as mulheres, nos ideais machistas
“devem” ser submissas aos homens.
Este
comportamento recusa-se aceitar as igualdades de gênero. Coloca a sociedade em
um sistema de hierarquia onde o homem está sempre acima da mulher, difundindo
uma ideia errônea em que os homens são superiores às mulheres.
A ideologia do machismo está impregnada
nas raízes culturais da sociedade há séculos, tanto no sistema econômico e
político mundial, como nas religiões, na mídia e no núcleo família, este último
apoiado em um regime patriarcal, onde a figura masculina representa a
liderança. (Fonte: Significados)
Compreendido isso, agora podemos compreender o segundo
conceito em questão: o de feminismo.
Totalmente contrário ao machismo, o feminismo
é um movimento social, político e filosófico pelo qual tem o objetivo de lutar
pela igualdade de direitos e deveres
entre os homens e as mulheres.
Daí você pode dizer “mas as mulheres não já conquistaram
vários direitos, como poderem entrar no mercado de trabalho ou votar? Por que
essa onda de feminismo continua então?” Bom, apesar de as mulheres conquistarem
tantos direitos, elas estão mais na
teoria que na prática. As feministas lutam pelo fim da violência de gênero – no
Brasil, uma mulher é violentada a cada 12 segundos, o que significam 7.200
casos por dia, sendo que nem 1/6 delas são denunciadas.
De acordo com uma pesquisa
da Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal, a cada 10 minutos,
uma mulher é estuprada, de acordo com o Mapa da Violência, e a cada 90 minutos
uma mulher é assassinada, de acordo com o IPEA. Todas essas violências estão
relacionadas à questão de gênero – são casos que durante muito tempo foram
chamados de “passionais”, são casos que acontecem dentro de casa, no seio
familiar, e que se diferem da violência que atingem os homens, que morrem por
diversos motivos, mas nunca por serem homens. (Fonte: Carta Capital)
Além disso, no Brasil as mulheres chegam a
receber 30% menos que os homens independentemente se exerçam a mesma função. As
mulheres também são as maiores vítimas de assédios, seja em casa, nas ruas ou
no trabalho. Ou seja, mesmo que já tenham conseguido alguns direitos, na
prática ainda estamos um pouco longe dos ideais feministas, até porque o
movimento ainda é visto de maneira errada, principalmente pelos machistas.
Curiosidades:
Ainda vemos muitas pessoas se questionarem sobre o
dia 08 de Março (dia internacional da mulher), então aí vai uma rápida
explicação:
“Neste dia, 08 de Março do
ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em
greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de
16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço
do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara
um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.” (Fonte: Agermano)
Bom pessoas, por hoje é isso, espero que vocês
tenham compreendido um pouco mais e consigam entender a necessidade de nos
unirmos nesse momento. Beijos e até o próximo post.